16/03/2023 às 10h46min - Atualizada em 16/03/2023 às 10h46min

Em seis meses, programa CNH Social chamou metade dos inscritos em MS

Desde a primeira convocação do Detran, em setembro de 2022, foram chamadas 2.642 pessoas para dar início ao processo de habilitação

Em MS, 5 mil candidatos devem ser convocados para o CNH Social - Gerson Oliveira

O processo da primeira habilitação por meio do CNH Social convocou, em seis meses, metade dos 5 mil candidatos que foram selecionados para o programa. 

Ao Correio do Estado, o Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Detran-MS) informou que, até o dia 14 deste mês, 2.527 candidatos haviam sido convocados. O primeiro chamamento ocorreu em setembro do ano passado, para os candidatos de Ponta Porã. 

Nesta quarta-feira (15), o Detran anunciou a convocação de mais 102 candidatos de Corumbá e mais 13 de Ladário para dar início ao processo do Registro Nacional de Carteiras de Habilitação (Renach), totalizando 2.642 convocações até então. 

Conforme o Detran-MS, todos os 5 mil selecionados neste primeiro edital serão convocados em primeira e segunda chamada, conforme a disponibilidade de atendimento de cada município. Agora, por exemplo, as chamadas também estão acontecendo em Paranaíba, Aparecida do Taboado, Aquidauana e região.

A coordenadora do programa CNH Social, Priscilla Miyahira Borges, explicou ao Correio do Estado que, apesar de haver 59.724 inscritos no total, não existe uma lista de espera. Quem não foi selecionado dentro dessas primeiras 5 mil vagas deve aguardar um próximo edital.

“Entre as convocações no interior do Estado, temos uma média de 70% de adesão. Na Capital, esse índice é maior, e acredito que para uma primeira edição do programa estamos caminhando bem”, disse a coordenadora. 

CARTEIRAS ENTREGUES

Até o momento, 11 carteiras de habilitação já foram entregues em Campo Grande. As demais estão em tramitação.

Priscilla salientou que, se considerar o início das primeiras convocações na Capital, em novembro de 2022, houve celeridade na finalização desses processos. 

“São menos de quatro meses, e esse período, para um processo de habilitação, é até rápido. O processo de habilitação em si tem a duração de um ano, e algumas pessoas concluíram ele em um mês e meio”, frisou Priscilla. 

REPROVAÇÃO

Uma das maiores dúvidas em relação ao programa diz respeito à reprovação nos testes. Priscilla destacou que o processo de habilitação por meio do CNH Social prevê que o candidato tem direito ao exame e reexame. 

“O candidato tem direito ao exame e ao reexame em todas as etapas do programa. Vamos supor que ele não passe no reexame, ele poderá fazer novamente a prova, desde que pague por este custo por conta própria. Se ele passar nessa etapa, ele continua normalmente pelo CNH Social, e neste cenário o candidato não é desclassificado, por exemplo”, afirmou a coordenadora do programa.  

Conforme o Detran-MS, os candidatos devem passar por todas as etapas de um processo de habilitação – avaliação psicológica, avaliação de aptidão física e mental, curso teórico-técnico (45 horas-aulas), exame teórico-técnico, curso prático de direção veicular (mínimo de 20 horas-aulas por categoria pretendida) e exame prático de direção veicular. 

Após a aprovação no exame prático na categoria pretendida, o candidato recebe a permissão para dirigir. Como todas as etapas dependem do candidato, não há estimativa de quantos participantes vão receber a CNH. 

O PROGRAMA

O CNH Social beneficiará 5 mil pessoas em situação de vulnerabilidade social com acesso gratuito à primeira habilitação, nas categorias A, B e AB, em todo Mato Grosso do Sul.

Todo o processo de habilitação – incluindo gastos com autoescola (aulas teóricas e práticas) e até o recolhimento das taxas do órgão de trânsito – é custeado pelo governo do Estado.

Cabe a cada autoescola, se tiver interesse, candidatar-se para participar do programa. De acordo com Priscilla, o não credenciamento de autoescolas em algumas regiões do Estado pode impactar nas convocações.

“Por isso temos regiões em que a gente ainda não chamou os candidatos, pois estamos sem autoescolas cadastradas. Quando é possível, pedimos para o candidato se deslocar a um município vizinho, mas não é toda região que permite isso”, destacou. 

Considerando que o processo para tirar a CNH tem um custo médio de R$ 3,2 mil, serão investidos cerca de R$ 16 milhões pelo governo estadual.

VAGAS

No primeiro edital do programa, foram disponibilizadas 1.180 vagas para a carteira de habilitação na categoria A (moto), 1.000 vagas para B (carro) e 2.570 vagas para categoria AB (carro e moto), além de 250 vagas reservadas a pessoas com deficiências.

As oportunidades foram separadas por município e região, sendo 1.650 para Campo Grande; 800 para Dourados e região; 300 para Naviraí e região; 300 para Três Lagoas e região; 300 para Ponta Porã e região; e 250 para Paranaíba e região. 

Os municípios da região da Capital contam com 250 vagas, outras 250 vagas foram disponibilizadas para Corumbá e Ladário, 250 para Nova Andradina e região, 250 para Aquidauana e região, 200 para Jardim e região e 200 para Coxim e região.

Saiba: Considerando que o processo para tirar a CNH tem um custo médio de R$ 3,2 mil, serão investidos cerca de R$ 16 milhões pelo governo de Mato Grosso do Sul.


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