08/05/2023 às 11h36min - Atualizada em 08/05/2023 às 11h36min

PRF estima prejuízo de R$ 1,3 bi ao narcotráfico só neste ano em MS

Carregamento de 448 kg de cocaína foi apreendido neste domingo e agora já são 7,2 toneladas em 2023, mais que o dobro do ano passado

NERI KASPARY
Carregamento de 448 kg de cocaína foi descoberto neste domingo em Miranda, na BR-262, que leva à Bolívia - divulgação

Avaliado em R$ 67 milhões, um carregamento de 448 quilos de cocaína foi interceptado na manhã deste domingo pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Miranda (MS). Com mais esta descoberta, chega perto de R$ 1,3 bilhão o prejuízo que a instituição causou aos traficantes de cocaína somente neste ano em Mato Grosso do Sul. 

A PRF estima em R$ 150 mil o quilo da cocaína e desde o começo do ano foram interceptados 7,2 mil quilos, o que representa mais que o dobro na comparação com igual período do ano passado, quando a instituição barrou 3.093 quilos nos quatro primeiros meses do ano nas estradas do Estado. 

Na apreensão deste domingo, divulgada na manhã desta segunda-feira (08), o motorista e um passageiro de um caminhão foram presos em flagrante e entregues à Polícia Civil de Miranda. Ambos confessaram que sabiam da existência da droga e o motorista disse que receberia R$ 10 mil pelo transporta. O passageiro, que se recusou a dar detalhes sobre o carregamento, também admitiu que receberia uma certa quantia em dinheiro para acompanhar o motorista. 

A apreensão de ontem reforça uma tendência que se intensificou desde o final de 2021, quando grandes carregamentos de cocaína começaram a ser interceptados nas rodovias do Estado. Em 2022, por exemplo, a PRF apreendeu 10,7 toneladas de entorpecente, o que equivale a aumento superior a 100% na comparação com as 5,2 toneladas do ano anterior.


Agora, em pouco mais de quatro meses, as descobertas já somam 70% de tudo o que foi interceptado ao longo de doze meses no ano passado. Entre as explicações para este disparada das apreensões nas estradas está o suposto aumento no rigor na fiscalização do transporte aéreo, já que dois radares foram instalados em Corumbá e em Ponta Porã nos últimos três anos. 

E, com o risco de perderem as aeronaves e a cocaína, as quadrilhas que atuam no Paraguai e na Bolívia estariam se arriscando pelas estradas para chegarem aos portos brasileiros onde a cocaína é despachada para a Europa, acreditam autoridades de Segurança Pública.


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