03/01/2024 às 11h28min - Atualizada em 03/01/2024 às 11h28min

Número de roubos de celulares em MS cai 22,6% no comparativo entre 2022 e 2023

Segundo a Sejusp, o índice de furtos de aparelhos no Estado também registrou queda, de 4% no mesmo período

KETLEN GOMES
Uma das dicas de segurança da PM é evitar usar celulares em locais ermos ou expô-los na rua - GERSON OLIVEIRA

Mato Grosso do Sul registrou queda de 22,6% no número de roubos de celulares no ano passado. Dados da Superintendência de Inteligência da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) apontam que, até o dia 28 de dezembro de 2023, 2.334 ocorrências de roubos de aparelhos celulares foram registradas, enquanto em 2022 foram 2.862 notificações. 

O número acompanha a queda de roubos de um modo geral no Estado, que teve o número mais baixo dos últimos 10 anos, com 4.371 registros. 

As notificações de roubos de celulares vêm caindo nos últimos anos. Em 2020, a Sejusp registrou 3.099 ocorrências, e em 2021 foram relatados 2.955 roubos de aparelhos telefônicos, ou seja, os dados do ano passado foram menores do que nos períodos mais severos de pandemia da Covid-19 (2020 e 2021), quando muitas pessoas sequer saíam de casa.

Apesar da queda, os índices do Estado ainda acompanham o aumento de roubos e de furtos de celulares registrado em todo o País. No Rio de Janeiro, estado com população cerca de oito vezes maior que MS e maiores índices de criminalidade, os números de roubos de celulares são aproximadamente sete vezes maiores que os do Estado. 


No entanto, quando se compara o número de roubos com a população total estadual, os índices se aproximam. Enquanto em Mato Grosso do Sul houve um roubo de celular para cada 1,181 mil habitantes, no Rio de Janeiro, a taxa foi de um roubo para cada 1,133 mil habitantes. 

FURTOS

Os índices de furto também registraram queda. Em 2023, os furtos de celulares caíram 4% em Mato Grosso do Sul, saindo de 5.806 registros em 2022 para 5.579 até 28 de dezembro do ano passado. Apesar da queda, os números seguem maiores que os notificados em 2020, de 4.792 furtos de celulares, e em 2021, de 4.835 crimes do tipo. 

Sobre o celular ser um item muito visado por criminosos, o tenente-coronel da Polícia Militar de MS (PMMS) Augusto Regalo aponta que entre os motivos estão o aumento do número de aparelhos em circulação, o valor considerável no mercado e a facilidade de revenda. 

Além disso, especialistas comentam também que o celular pode ser hackeado, desmontado para utilização de peças e até mesmo enviado para outros países. 

O tenente-coronel informa que, apesar da investigação de crimes comuns não ser feita pela Polícia Militar, em caso de furto ou roubo de celular, se a pessoa souber a localização do aparelho, ela pode acionar a PMMS e a guarnição vai até o local informado. Se for confirmado o fato, a polícia realiza a prisão em flagrante. 

Alguns cuidados são elencados pelo policial para evitar ser vítima desse tipo de crime, como não utilizar o celular em locais ermos e evitar expor o aparelho em locais que facilitem a ação dos criminosos, como, por exemplo, no bolso traseiro da calça. 

Entre os motivos que causaram a redução nos números gerais de roubos e furtos no ano passado, o comandante-geral da PMMS, coronel Renato dos Anjos Garnes, aponta que um conjunto de fatores foi responsável pela queda. 

“O fortalecimento da nossa radiopatrulha, das viaturas responsáveis pelas rondas, abordagens e atendimento à comunidade. Temos conseguido atender às nossas cidades de forma ampla e completa, com aumento das ações preventivas e menor tempo de resposta para quem aciona o 190”, lista o comandante. 

CELULAR SEGURO 

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2023 apontou um aumento de 16,6% nos roubos e furtos de celulares de 2021 para 2022, registrando, que, em média, 2.737 aparelhos foram subtraídos diariamente no Brasil. 

O governo federal, por meio do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), criou no ano passado o aplicativo Celular Seguro, que visa ser mais uma ferramenta de segurança para o cidadão, como uma espécie de “botão de emergência” para impedir o acesso de criminosos a aplicativos financeiros e a dados pessoais em casos de roubo ou furto de celulares. 

Até o dia 2 de janeiro, em duas semanas de funcionamento da nova plataforma, o MJSP relata que mais de 1 milhão de usuários foram cadastrados em todo o País, sendo 770.206 telefones registrados, 711.668 pessoas de confiança cadastradas e 7.362 alertas de bloqueio realizados. 

Dos alertas de bloqueio, a maioria foi feita em São Paulo, que totaliza 1.898 restrições de uso. Logo depois vêm o Rio de Janeiro, com 890 bloqueios, e Pernambuco, com 583. Mato Grosso do Sul ocupa as últimas posições, com 46 registros de bloqueios. 

Segundo o governo, o interessado pode cadastrar seu aparelho telefônico, informando o número, a marca e o modelo do celular. O sistema permite o cadastro de mais de uma pessoa de confiança, e esses contatos poderão auxiliar criando ocorrências em nome do usuário em caso de perda, roubo ou furto. 

Nessas ocasiões, o usuário ou a pessoa de confiança podem registrar uma ocorrência por meio do site ou do aplicativo, descrevendo quando, onde e como ocorreu o problema. O sistema enviará alertas para instituições participantes, como bancos, que tomarão as ações necessárias, como o bloqueio de aplicativos. 
O bloqueio da linha telefônica vai ser disponibilizado a partir do dia 9 de fevereiro. 


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