05/01/2024 às 12h29min - Atualizada em 05/01/2024 às 12h29min

Produção industrial sobe 0,5% em novembro, diz IBGE

Na comparação com mesmo mês de 2022, produção subiu 1,3%

Reuters
Expectativas eram de eram de alta de 0,2% na variação mensal e de 0,7% na base anual cookie_studio/Freepik

 

Em novembro, a produção industrial do Brasil avançou 0,5% em novembro na comparação com o mês anterior, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A indústria brasileira vê um certo fôlego no mês ao crescer além do esperado, mas ainda segue a passos a lentos em um cenário de desaceleração global da atividade e juros restritivos.

O resultado foi melhor do que a expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 0,2% no mês e marcou o quarto mês seguido no azul. O ritmo ainda se acentuou ligeiramente depois de ganhos fracos em outubro (+0,1%), setembro (+0,1%) e agosto (+0,2%).

“Mesmo com o saldo positivo de 0,9% acumulado nos últimos quatro meses, a produção industrial ainda se encontra 0,9% abaixo do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 17,6% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011”, destacou o gerente da pesquisa, André Macedo.

Na comparação com novembro do ano anterior, a produção teve alta de 1,3%, contra projeção de 0,7%.Sem conseguir deslanchar ao longo do ano, a indústria nacional deve ter fechado 2023 com estagnação em meio a desafios externos, como problemas na China e atividade global fraca, o que não favorece as exportações brasileiras.

Também pesam os juros altos no país e o comprometimento de renda, o que afeta o consumo de bens de maior valor agregado, embora o Banco Central tenha embarcado em um ciclo de cortes da Selic que levou a taxa básica ao patamar atual de 11,75%.

O IBGE destacou que, em novembro, 13 dos 25 ramos industriais pesquisados tiveram crescimento na produção. Os destaques foram as indústrias extrativas (+3,4%) e produtos alimentícios (+2,8%).

“As indústrias extrativas foram impulsionadas pela maior extração de petróleo e minério de ferro, e eliminaram o recuo de 0,4% do mês de outubro. Já o setor de produtos alimentícios, que teve como destaque os itens açúcar, produtos derivados da soja e carnes de bovinos, marcou seu 5º mês seguido de crescimento na produção, e acumulou nesse período um crescimento de 6,3%”, disse Macedo.

Entre as categorias econômicas, os bens intermediários apresentaram o crescimento na comparação mensal, de 1,6%. Por outro lado, a produção de bens de capital recuou 1,7% e a de bens de consumo teve queda de 0,2%.


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