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Policiais federais de Três Lagoas cumpriram dois mandados de prisão em endereços no município - Divulgação
Quadrilha que atuava em Três Lagoas e região foi alvo da Polícia Federal (PF) ontem, durante a Operação Calibre Branco, deflagrada para desmantelar esquema de tráfico de drogas e armas. De acordo com a corporação, o grupo alvo fornecia entorpecentes para pequenas quadrilhas e exigia porcentual do lucro obtido com a venda das substâncias ilegais.
Na ação realizada ontem pela Delegacia de Polícia Federal de Três Lagoas, duas pessoas foram presas. Também foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão – sete em Três Lagoas e um em Uberaba (MG) –, todos emitidos pela 3º Vara Criminal de Três Lagoas.
Ao Correio do Estado, a PF relatou alguns detalhes sobre o modo de operação da quadrilha. Segundo a corporação, além das duas prisões, foi identificado um terceiro participante que já estava preso, mas que comandava o tráfico de dentro da prisão.
“Um dos principais investigados era responsável pelo fornecimento de drogas para os pequenos traficantes da região e cobrava porcentual do lucro pelas vendas. Também foi identificado que um dos integrantes do grupo criminoso está preso, mas que, mesmo assim, ele continuava comandando o tráfico de drogas de dentro do presídio, valendo-se de aparelho celular, razão pela qual um dos mandados de busca foi cumprido na Penitenciária de Segurança Média de Três Lagoas, com apoio da Agepen [Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário]”, informou a PF, por meio de nota.
Ainda de acordo com a Polícia Federal, o grupo criminoso usava alguns locais para tentar esconder a prática ilegal.
“Outro fato que chamou atenção dos investigadores foi a utilização de um bar e um trailer para praticar, de modo disfarçado, o tráfico de drogas”, complementou o texto.
Conforme a corporação, os dois membros da quadrilha estão presos em Três Lagoas. No cumprimento dos mandados de busca e apreensão, foram apreendidos celulares e documentos.
Sobre o tráfico de armas e o quanto a quadrilha movimentou ao longo da prática ilegal, a PF afirmou que, como a investigação ainda está em curso, algumas informações serão mantidas em sigilo.
Por estar em uma localização privilegiada para os traficantes de drogas, Mato Grosso do Sul é uma das principais rotas para a entrada de cocaína e maconha no Brasil. Vindas respectivamente da Bolívia e do Paraguai, a apreensão dos entorpecentes no Estado é algo rotineiro.
Nesta semana, a Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron) e a Delegacia de Polícia Civil de Ivinhema conseguiram encontrar uma grande quantidade de cocaína e crack.
A apreensão ocorreu na madrugada desta quarta-feira, quando forma encontrados 273,55 kg de cocaína e quase 85 kg de crack, os quais estavam fracionados em 38 tabletes. Por sua vez, a cocaína estava dividida em 248 tabletes, localizados no interior da lataria de um caminhão.
Segundo a Polícia Civil, o trabalho faz parte da Operação Protetor, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, que repassou informações para a Defron sobre um grupo que transportava quantidade abundante de entorpecentes em um caminhão vermelho.
Vindo da região fronteiriça, o veículo passaria por Dourados durante a noite, sendo identificado rumo ao distrito de Indápolis ainda na noite de terça-feira.
Aparentemente com o pneu estourado e indicando estar sem carga, o motorista ia em alta velocidade pela rodovia, momento que começou a perseguição próximo ao trevo de acesso ao distrito, na Vila São Pedro. Ainda assim, ele conseguiu passar pelos policiais e, inicialmente, desaparecer rodovia adentro.
Com isso, as forças policiais da delegacia de Ivinhema foram acionadas, executando um bloqueio na BR-376, onde o motorista do caminhão foi abordado. Nervoso e dando respostas confusas aos agentes, o homem acabou confessando o crime após ser questionado, sendo preso na sequência.
