23/09/2024 às 15h53min - Atualizada em 23/09/2024 às 15h53min

Policiais de MS farão contraproposta e futuro da valorização é incerto

Categoria que paralisou os trabalhos por 24 horas, ainda tem nova assembleia marcada para definir proposta, que será analisada e devolvida pelo Governo de MS antes da classe decidir sobre possível nova greve

Leo Ribeiro
Delegacias operaram com apenas 30% do efetivo por 24h na última semana, buscando valorização do Poder Executivo do Estado - Marcelo Victor/Correio do Estado

Na mesa de negociações com o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, em busca de valorização, as duas propostas do Poder Público foram rejeitadas pelos policiais civis sul-mato-grossenses, que já tem data para nova assembleia, onde devem elaborar contraposta e aguardar para novo debate sobre possível nova greve. 

Vale lembrar que ainda na quinta-feira (19) a classe paralisou atividades por 24 horas - como bem acompanhou o Correio do Estado -, com as delegacias de Mato Grosso do Sul operando apenas com 30% do efetivo e atendendo apenas com serviços essenciais. 

Agindo apenas em casos de prisão em flagrante; medidas protetivas e ocorrências em caso de menor vítima, a categoria buscou chamar atenção do Poder Executivo do Estado, que colocou na mesa duas propostas. 

Porém, como confirma o presidente do Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul, Alexandre Barbosa, sobre o resultado da assembleia híbrida do último sábado (21), ambas foram recusadas pela classe, que comporta 1,6 mil investigadores e escrivães ativos atualmente em MS. 


"Ficou marcado para amanhã (24) às 18h uma nova assembleia híbrida, da qual vamos chamar outra proposta para o Governo e até o final de semana aguardamos resposta", expõe. 

Conforme Alexandre Barbosa, nesta terça (24) a classe elabora e encaminha contraposta e, diante da resposta, devem convocar nova assembleia até o próximo fim de semana para debaterem se aceitam ou não, bem com haverá uma nova paralisação da categoria. 

Sem valorização

Como é possível verificar na proposta do Governo de MS, recusada pela categoria - que pode ser conferida na íntegra CLICANDO AQUI - uma das propostas incorporava o auxílio-alimentação, com mais um abono de R$ 130 para as classes iniciais, que antes mesmo da assembleia já era tida como "aquém" do esperado. 

Já a segunda consistia em reestruturar a tabela e modificar os valores de referência, que contemplaria apenas 275 agentes de Polícia Judiciária. 

Sendo que a categoria já se via na posição de "não poder ficar doente", com o auxílio saúde concedido apenas para delegados e fiscais de renda em maio, a sensação interna agora é que o governo está "engessado". 

Mesmo que a proposta assinada pelo titular da Secretaria de Estado de Administração (SAD), Frederico Felini, diga que o Governo está "aberto ao diálogo para construir um consenso", essa postura rígida às contrapropostas é vista pela classe como uma barreira. 

"Nosso movimento está firme, nós temos nossos objetivos. Que tenham um avanço do Governo à nossa contraproposta e que seja pelo menos razoável para nós, se não vamos à 'briga' com greve mesmo, não tem jeito", concluir Alexandre. 


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