06/04/2020 às 09h41min - Atualizada em 06/04/2020 às 09h41min

Coronavírus: pesquisa de cientistas de MS será analisada quanto ao seu potencial antiviral

Coronavírus: pesquisa de cientistas de MS será analisada quanto ao seu potencial antiviral

Pesquisadores de Mato Grosso do Sul vinculados ao Laboratório Sinova Biotec, da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), estão trabalhando em parceria com a Universidade da Pensilvânia (EUA) em estudos para a produção de medicamentos que possam tratar o novo conoravírus.

A ação coordenada pelo pesquisador doutor em bioquímica, Octávio Luiz Franco, tem como objetivo enviar amostras de proteínas sintéticas produzidas a partir de informações do genoma de vespas, jararacas e cascavéis, que apresentaram atividades antivirais em estudos anteriormente realizados.

“Essas proteínas já vinham sendo estudadas há alguns anos para a produção de novos antibióticos, com sua comprovada atividade antiviral nosso grupo de pesquisa compartilhou o resultado com grupos de mais de 26 países; agora as amostras seguem para análise na Pensilvânia”, afirmou o pesquisador.

Octávio Franco é o pesquisador coordenador do primeiro Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia a ser implantado em Mato Grosso do Sul. Um investimento de R$ 7 milhões que reuniu esforços do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul, Semagro (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar), Fundect, CNPQ, Capes e UCDB.

O INCT tem como um dos objetivos principais o trabalho com moléculas bioinspiradas (moléculas sintéticas feitas a partir de conhecimentos da natureza) para desenvolvimento de antibióticos para a produção animal, atuando na diminuição de infecções de animais, aumentando assim a produção.

“Em Mato Grosso do Sul, o INCT se destaca como um forte investimento na Ciência e Tecnologia, porém cientistas e pesquisadores ainda carecem de muitos recursos Brasil afora, trabalham de forma praticamente heroica. É preciso que cada vez mais governos e sociedade encarem a ciência e a pesquisa como algo essencial”, conclui Octávio.

O diretor-presidente da Fundect e secretário-adjunto da Semagro, Ricardo Senna, afirmou que o desenvolvimento econômico sul-mato-grossense e brasileiro precisa estar ancorado na promoção da ciência, da tecnologia e da inovação. “Esse tripé tem condições de acelerar a modernização da nossa economia.  Para tanto, é necessário investir no sistema estadual de ciência e tecnologia, e é isso que o Governo do Estado de Mato Grosso do Sul vem se em empenhando em fazer por meio da Semagro e da Fundect.

 

Texto: Diogo Rondon – Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso do Sul (Fundect)

Foto: Divulgação/UCDB


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