01/07/2020 às 09h37min - Atualizada em 01/07/2020 às 09h37min

Ciclone-bomba no Sul pode causar mais estragos hoje – entenda o fenômeno

O ciclone que deixou moradores sem luz e causou ao menos três mortes deve seguir para o mar nesta quarta-feira, 1, mas pode haver novas rajadas de vento

Corpo de bombeiros em Santa Catarina após ciclone: desabamento de árvores levou a pelo menos uma morte no estado (Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina/Divulgação)

ciclone extratropical que fez estragos em cidades da região Sul ontem pode continuar causando ventos fortes na região nesta quarta-feira, 1.

A previsão da Defesa Civil é que o ciclone se desloque para o oceano hoje, mas, até o fim da tarde, ainda há chance de haver novas rajadas fortes de vento, superando os 100km/h.

O mar também deve seguir agitado e com ondas que podem passar de quatro metros e até sete metros. A recomendação é que moradores das regiões afetadas evitem o mar, que deve ficar mais revolto.

Na terça-feira, 30, o ciclone causou ventos de mais de 100km/h, derrubou árvores e gerou até explosões em cidades de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul (veja vídeos dos moradores).


Muitos moradores ficaram sem energia elétrica e empreendimentos como bares e restaurantes registraram nas redes sociais imagens de danos nos locais.
 

Ao menos três pessoas morreram em Santa Catarina, segundo boletim do Corpo de Bombeiros Militar, até às 18 horas. Uma idosa morreu na cidade de Chapecó atingida por uma árvore, um homem em Santo Amaro da Imperatriz ao ser atingido por fios de alta tensão e uma terceira morte, na cidade de Tijucas, foi ocasionada por um desabamento devido às chuvas.

O mesmo ciclone chegou a São Paulo, embora com efeitos menores. Na capital paulista, foram registrados ventos de mais de 50km/h, e mar revolto no litoral. O ciclone também foi responsável por fazer cair as temperaturas.

O que é o super ciclone no Sul

Ciclones extratropicais como o que atinge a região Sul são resultado de baixa pressão atmosférica e são relativamente comuns. No geral, eles cruzam regiões continentais (como aconteceu nos estados do Sul) até chegarem ao oceano, onde perdem força.

Já as frentes frias causadas pelo ciclone são resultado da chuva e dos ventos fortes que o fenômeno gera.

Quando o ciclone chegar ao oceano, o mar também segue agitado, não só na região Sul mas em outras faixas do litoral brasileiro no Sul e no Sudeste, como em São Paulo e Rio de Janeiro.

 

A chegada do ciclone já estava prevista por serviços de monitoramento, que emitiram na terça-feira um alerta para os três estados da região Sul. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) disse que havia “risco de corte de energia elétrica, estragos em plantações, queda de árvores e de alagamentos”.

Segundo o Inmet informou à BBC Brasil, outro ciclone desse tipo já havia atingido o Rio Grande do Sul há cerca de um mês, mas, naquela ocasião, foi mais fraco — os efeitos foram parecidos com os que São Paulo teve dessa vez, com queda de temperatura.


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