01/06/2021 às 10h58min - Atualizada em 01/06/2021 às 10h58min

PIB do Brasil cresce 1,2% e desacelera no primeiro trimestre, diz IBGE

Em relação ao mesmo período do ano passado, o PIB cresceu 1,0%. Nos últimos 12 meses, a retração foi de 3,8%.

A economia brasileira cresceu 1,2% no primeiro trimestre de 2021 em relação ao trimestre anterior, o que representa uma desaceleração no ritmo de recuperação verificado no final de 2020, segundo dados do PIB (Produto Interno Bruto) divulgados nesta terça-feira (1º ) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Em relação ao mesmo período do ano passado, o PIB cresceu 1,0%. Nos últimos 12 meses, a retração foi de 3,8%.

Analistas consultados pela agência Bloomberg projetavam crescimento de 0,8% na comparação com o trimestre anterior e de 0,5% em relação ao mesmo período de 2020.

O trimestre foi marcado pelo fim dos programas de auxílio do governo, pelo agravamento da pandemia e pela volta de algumas medidas de restrição, mas com taxas de isolamento bem menores que as verificadas no início da crise sanitária.

O Brasil também foi beneficiado pelo ritmo de crescimento das duas maiores economias mundiais -Estados Unidos e China- e de um cenário externo que conta ainda com valorização de moedas emergentes e alta no preço de commodities agrícolas e minerais, o que também se refletiu no desempenho de outras economias emergentes.

O governo não divulga projeções trimestrais. A previsão para o ano do Ministério da Economia é de + 3,5%, abaixo da projeção de mercado da pesquisa Focus (+ 3,96%), que vem sendo revista para cima há seis semanas.

 

A mesma pesquisa mostra que os economistas consultados esperavam queda do PIB no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 2020 até a próxima de maio. A previsão de retração chegou a 1% no início de março, quando foram adotadas novas medidas de restrição a atividades em vários estados.

Somente na segunda quinzena de maio como indica saíram do vermelho, até alcançar alta de 0,4%, acompanhando dados que queda queda menor que a esperada em índices de mobilidades e na atividade econômica e reabertura de alguns setores.

As projeções para o ano são de um crescimento de quase 4%, valor que praticamente zera a queda registrada desde 2020 (-4,1%), embora a economia continue distante do pico alcançado no começo de 2014 ea recuperação não alcance todos os setores , o que ainda depende de avanços maiores no programa de vacinação.

 

Recessão Em junho do ano passado, o Codace, órgão ligado ao Ibre / FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

Formado por oito economistas de diversas instituições, definiu que o Brasil entrou em recessão no primeiro trimestre de 2020, encerrando um ciclo de fraco crescimento de três anos (2017-2019).

Não há uma definição oficial sobre o que ressalta uma recessão. Embora alguns economistas utilizem uma métrica de que esse é o período marcado por dois trimestres seguidos de queda na atividade, o Codace considera uma análise mais ampla de dados. 

Para o comitê, o declínio na atividade econômica de forma disseminada entre os diferentes setores econômicos e denominados recessão.

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CÁLCULO DO PIB

Produtos, serviços, al oferta, serviços públicos, impostos e até contrabando. Esses são alguns dos componentes do PIB (Produto Interno Bruto), por IBGE, de acordo com os padrões internacionais, com objetivo de avaliar a produção de bens e serviços no país em determinado período.

Ele mostra quem produz, quem consome e a renda gerada a partir dessa produção. O crescimento do PIB (descontada a índice) é usualmente chamado de crescimento econômico. O PIB trimestral é apresentado pela ótica da oferta (o que é produzido) e da demanda (como esses produtos são consumidos).

O PIB trimestral é divulgado cerca de 60 dias após o fim do período e apresenta as óticas da oferta e demanda. O resultado do 4º trimestre traz um dado preliminar do ano fechado. 

O PIB anual definitivo é apresentado quase 24 meses após o fim do ano (o dado definitivo de 2020 será conhecido em novembro de 2022) e traz também a ótica da renda (soma das remunerações do trabalho e capital, que mostra como cada parte se apropriou da riqueza gerada).


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