12/09/2024 às 16h04min - Atualizada em 12/09/2024 às 16h04min

Onça Antã morre menos de um mês após resgate no Pantanal

Macho da espécie resgatado em meados de agosto já apresentava comprometimento pulmonar, além das patas queimadas, e teve desidratação; anemia e inflamações

Leo Ribeiro
Vítima das queimadas no Pantanal, Antã passou quase um mês em tratamento em busca da recuperação até óbito nessa semana - Reprodução/GovMS/Álvaro Rezende

Governo de Mato Grosso do Sul e o Instituto de Meio Ambiente do Estado anunciaram com pesar a morte do macho de onça-pintada, Antã, quase um mês após o seu resgate durante trabalhos de combate aos incêndios no Pantanal. 

O óbito do animal, segundo o Governo do Estado em nota, foi registrado ainda na quarta-feira (11) e o corpo encaminhado para exame de necropsia e o laudo definitivo ainda aguarda análise histológica.

Como bem relembra o poder público, Antã foi resgatado já "visivelmente debilitado, desnutrido e sem forças para reagir, provavelmente devido à falta de alimento na área atingida pelo fogo". 

Imagens captadas ainda durante seu resgate - feito por agentes do Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal (Gretap) e da Polícia Militar Ambiental (PMA) - mostra o trato que Antã teve até ser lavado ao Hospital Ayty, onde já estava Miranda, fêmea da mesma espécie, resgatada quatro dias antes

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Antã pesava 72 kg quando deu entrada no Hospital Ayty, distante dos 100 kg de média que os exemplares de mesmo espécime costumam apresentar, como bem frisa o Governo do Estado em nota. 

Inicialmente, durante resgate, já foram constatados o comprometimento pulmonar e queimaduras, que desde o primeiro momento passaram a ser tratadas com ozônio, tratamento esse que se manteve junto de: 

  • laser terapia tópica,
  • pomadas cicatrizantes e 
  • bandagens. 

Na manhã de ontem, à espera desse tratamento das queimaduras, Antã apresentou parada cardíaca e foi levado de imediato ao centro cirúrgico. 

Ali, foi intubado e recebeu da equipe médica veterinária as devidas manobras de reanimação cardiopulmonar (RCP), que duraram cerca de três ciclos até o último suspiro de Antã. 

Importante lembrar que a estrutura disponível no Hospital Veterinário de Animais Silvestres 'Ayty', no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), foi inaugurada em setembro de 2023, como sinal de um compromisso que o Executivo de MS ressalta agora: 

"Proteção e reabilitação da fauna silvestre, destacando a necessidade urgente de preservação ambiental e cuidado com a vida selvagem", conclui.

 


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