02/03/2022 às 10h14min - Atualizada em 02/03/2022 às 10h14min

Restos de embarcação que naufragou e matou 7 pessoas são retirados da água

Foram 86 dias de trabalho para retirada da embarcação

Restos do barco que naufragou em Corumbá Foto: Diário Corumbaense
Os restos da embarcação que naufragou no Rio Paraguai, em Corumbá, em outubro do ano passado e matou sete pessoas, foram totalmente retirados da água, na última terça-feira (1°). O barco de esporte e recreio Carcará afundou após uma tempestade atingir a região.

Foram 86 dias de trabalho para retirar a embarcação do rio. O barco foi rebocado até o estaleiro de estrutura naval, em Ladário. O coordenador e responsável pela operação disse que a estrutura afundou em um canal do rio, e por estar abaixo do nível, a dificuldade foi maior, conforme o Diário Corumbaense.

A equipe teve que arrastar o barco e fazer manobras para que a embarcação levantasse e pudesse flutuar novamente. A maior parte da estrutura foi perdida no acidente e viraram sucata, apenas o casco e o motor poderão ser reaproveitados, que serão entregues aos proprietários do Carcará.

Relembre

Após um vendaval com ventos de 64 km/h, a embarcação naufragou nas águas do Rio Paraguai. A tripulação tinha 21 pessoas, e sete desapareceram, na região do Tagioloma, cerca de 5 quilômetros de distância de Porto Geral.

Quatro dos sete ocupantes da embarcação que desapareceram após naufrágio eram da mesma família. Geraldo Alves de Souza, Olímpio Alves de Souza, Fernando Gomes de Oliveira, Thiago Souza Gomes pescavam em Corumbá quando a tragédia aconteceu. Um amigo da família, Fernando Rodrigues Leão também estava a bordo e faleceu.

Todas as cinco vítimas eram de Rio Verde (GO) e estavam em Corumbá para pescar. Os corpos dos irmãos Geraldo Alves de Souza, de 78 anos, e Olímpio Alves de Souza, de 71; Fernando Gomes de Oliveira, de 49 anos e o filho dele, Thiago Souza Gomes, de 18 anos, foram transportados por aeronave da FAB (Força Aérea Brasileira) até Goiás.

Sem autorização

Ainda segundo o Diário Corumbaense, embarcação não tinha autorização para transporte turístico na Capitania dos Portos, da Marinha, e nem no Cadastur (Cadastro de Prestadores de Serviços do Turismo), segundo a Fundtur (Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul).

Na nota enviada, a Marinha relata que a CFPN (Capitania Fluvial do Pantanal), já intimou o representante dos proprietários da embarcação para a tomada de providências, como também, retirada do casco do barco do rio.

Ainda a nota traz, “As causas e responsabilidades do acidente, sob o ponto de vista da Autoridade Marítima, serão apuradas por meio de Inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN), a ser conduzido pela CFPN”.
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