18/01/2024 às 17h00min - Atualizada em 18/01/2024 às 17h00min

Rodovias de MS ocupam 4ª melhor posição em ranking de qualidade

Edição n.º 26 da pesquisa feita pela Confederação Nacional do Transporte considera análise de 4.738 km da malha rodoviária de Mato Grosso Sul

LEO RIBEIRO
Secretário ressalta efeito do investimento de R$ 1,8 bilhão em 2023 para ampliação da malha viária de MS - Gerson Oliveira/ Correio do Estado

Desse total, apenas 12,4% são pavimentados, que totalizam 213,5 mil quilômetros. Nesse universo, 111.502 quilômetros foram avaliados na edição deste ano, valor que representa 52,2% da extensão pavimentada. 

Ainda, como bem destaca a pesquisa, a falta de pavimento resulta em viagens por rotas mais longas, desviando de trechos não pavimentados; ou mesmo deslocando por essas vias, onde as velocidades e condições de tráfego são inferiores às das pavimentadas. 

Após análise de 4.738 km da malha rodoviária de Mato Grosso do Sul, a 26ª edição da Pesquisa Rodovias 2023 - pela Confederação Nacional do Transporte - dá boa classificação para o Estado, que ficou em 4º lugar entre as Unidades da Federação. 

Feita pela CNT e pelos serviços Social e Nacional de Aprendizagem do Transporte (SEST/SENAT), a pesquisa evidencia a falta de investimento de décadas quanto à infraestrutura ao longo das últimas décadas. 

Justamente a presença de obras constatada pelos pesquisadores apontam que, futuramente, as próximas edições podem trazer um cenário completamente diferente. 

Importante frisar que essa pesquisa é realizada há quase 30 anos. O modo rodoviário movimenta cerca de 65% das cargas e 95% dos passageiros no território nacional, sendo que - conforme o Sistema Nacional de Viação - a malha brasileira estende-se por 1,7 milhão de quilômetros de rodovia. 

Hélio Peluffo, titular da Secretaria de Infraestrutura e Logística (Seilog), ressaltou o investimento de R$ 1,8 bilhão em 2023 para ampliação da malha viária de MS. 

"Vamos continuar nesta sequência de investimentos, com a contratação de um empréstimo de R$ 2,3 bilhões junto ao BNDES. É uma antecipação de recursos para acompanharmos o aporte privado que o Estado vem recebendo", afirmou em material divulgado pelo Governo. 

Análise dos dados

Detalhada, a pesquisa indica que a melhor avaliação - somados os conceitos "ótimo e bom" - foi para o Estado de São Paulo (74%), seguido por Rio de Janeiro (53,7%); Distrito Federal (45,6%) e Mato Grosso do Sul (43,8%). 

Entre as regiões, o Sul destaca-se pela maior concentração de vias pavimentadas (20,5 km/mil km²), "o que corresponde a uma melhor oferta de infraestrutura e de ligações entre os seus núcleos populacionais e econômicos", evidencia a pesquisa.

No sentido oposto aparece a região Norte (2,7 km/mil km²), que, com baixa densidade populacional e polos urbanos afastados entre si, encara problemas de acessibilidade e conectividade, o que evidencia diferenças em termos de desenvolvimento regional.

Já o Centro-Oeste possui a segunda pior densidade da malha rodoviária federal, sendo 7,3 km/mil km². Como bem detalha a CNT, rodovias em condições precárias aumentam os custos com logística das empresas, pelas despesas adicionais com manutenção dos veículos e maiores de combustível e tempos de viagem.

Ainda entre as regiões, o Centro-Oeste também possui a menor frota de veículos, saltando de 6.937.436 para 10.956.810 em uma década, entre 2012 e 2022.  

Dos 4.738 km de extensão total pesquisada, quanto à classificação do estado geral do o pavimento das rodovias de MS fica descrito como: 

  • 1.867 km | Ótimo 
  • 425    km | Bom 
  • 1.885 km | Regular 
  • 400    km Ruim 
  • 161    km | Péssimo

Período e objetivos

Em 2023, os dados foram coletados por 20 equipes de pesquisa, que, saindo de 12 capitais, avaliaram 111.502 quilômetros no período de 32 dias. Os objetivos específicos são: 

  • Oferecer aos transportadores rodoviários e demais usuários informações atualizadas para auxílio no planejamento de rotas; 
  • Servir como fonte de referência sobre o estado da malha rodoviária no Brasil; 
  • Identificar as deficiências da malha rodoviária pavimentada e registrar os seus pontos críticos; 
  • Buscar a permanente evolução e melhoria dos métodos de levantamento e análise dos dados; 
  • Apresentar as condições das rodovias separadamente, por tipo de gestão (pública ou concedida), por jurisdição (federal ou estadual), por Unidade da Federação (UF) e por região geográfica; 
  • Difundir informações sobre a qualidade da infraestrutura rodoviária brasileira;
  • Constituir uma série histórica de informações rodoviárias no país; e 
  • Subsidiar estudos para que políticas setoriais de transporte, projetos privados, programas governamentais e atividades de ensino e pesquisa resultem em ações que promovam o desenvolvimento do transporte rodoviário de cargas e de passageiros.

Para obter esses dados, a pesquisa se baseia em três modos distintos, sendo a análise visual do pesquisador; pelo captura de vídeo e avaliação por algoritmo de inteligência artificial, além do mapeamento prévio em escritório. 

Esse terceiro modo é feito em cima da base de dados de edições anteriores das pesquisas CNT de Rodovias, assim como em bases georreferenciadas de uso público. 

Em todo o País foram avaliados 111.502 quilômetros de rodovias, incluindo a totalidade das rodovias federais pavimentadas (67.659 quilômetros) e 43.843 quilômetros dos principais trechos estaduais também pavimentados. 

 


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