18/03/2023 às 14h28min - Atualizada em 20/03/2023 às 00h00min

Esposa de suspeito por morte de grávida em Campos diz à polícia 'estar arrasada como todos' e que quer separação

SALA DA NOTÍCIA SAMARA MIRANDA DE PAIVA
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Uma mulher foi entrevistada pela segunda vez na 134ª DP (Campos); apesar de ser casada no papel, ela disse, no primeiro depoimento, que eles estavam separados, mas ainda usava aliança e o chamava de "meu amor" e "marido".

Em novo depoimento à Polícia Civil, nesta quinta-feira, a esposa do professor Diogo Viola de Nadai, apontado como mandante do assassinato da engenheira Letycia Peixoto, grávida de oito meses, relatou estar "arrasada como todos" e "totalmente abalada emocionalmente" com o caso, e manifestou o desejo de se separar do marido.

No primeiro depoimento da 134ª DP (Campos), ela afirmou que, apesar de ainda ser oficialmente casada, estava separada do marido desde 2019.

A esposa de Diogo reiterou sua declaração anterior, afirmando que não tinha conhecimento da existência de Letycia. Ela relatou ainda que no dia seguinte ao crime, o suspeito a informou que havia sido infiel oito meses antes, quando começou um caso com Letycia e ela engravidou.

Ele assumiu a paternidade da criança. Desde então, a mulher não teve mais contato com o acusado, dizendo que “nem quer ter”.  Ela também disse que sempre que o marido ficava longe de casa, ele dizia que estava em uma clínica psiquiátrica.

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Um amigo pessoal de Daniel de cerca de dez anos atrás foi interrogado pela polícia. Ele relatou que Daniel era casado, com um relacionamento "típico" entre o casal. Ele alegou saber muito pouco sobre Letycia e pensou que ela estava geralmente em casa e tinha poucos visitantes.

O amigo acrescentou que Daniel nunca falou com ele sobre ela e que ele não tinha conhecimento de sua gravidez. Mas no dia do crime, Daniel lhe confidenciou que o filho era dele.

A família de Diogo relatou que ele estava no meio de um divórcio, e o casal teve um relacionamento tumultuado, pois Diogo evitou apresentar Letycia à sua família.

A ex-mulher de Diogo, professora de Química do Instituto Federal Fluminense (IFF), prestou seu primeiro depoimento, afirmando que o relacionamento deles era “apenas de amizade” após a separação e que ela não tinha conhecimento das traições de Diogo.

Diogo, por outro lado, disse à Polícia Civil que sua esposa tinha suspeitas de ser enganada durante o relacionamento. A professora disse que desconhecia Letycia, mas sabia que Diogo estava envolvido com outra pessoa.

Diogo foi informado por seu ex-parceiro que ele iria "resgatar uma pessoa que tinha sido baleada", mas foi só no dia seguinte que ele foi informado de que a pessoa era Letycia. Ao chegar em casa, Diogo informou à esposa que alguém com quem ele era parente havia sido baleado.

A esposa informou à Polícia Civil que, após ver notícias noticiadas em páginas locais do Instagram, conseguiu vincular fatos referentes à gestante que havia sido baleada e questionou Diogo se ele era pai do feto. Diogo teria confirmado isso.

Além disso, a esposa revelou que, embora seu nome não esteja listado como parceiro, ela e Diogo estão envolvidos em uma sapataria localizada em um shopping center em Campos. Ela expressou seu medo de que algo acontecesse com ela se suas ações contradissessem os interesses de Diogo, referindo-se a esse negócio.

Apesar de sua separação, a esposa ainda se refere a Diogo carinhosamente como "meu amor" e afirma que seu relacionamento é platônico. No 134º DP, a declarante usava um anel, mas disse que continua a fazê-lo, pois não tem intenção de entrar em outro relacionamento romântico.

Além disso, ela afirmou que não tinha tido relações sexuais com Diogo nos últimos cinco anos. Diogo e sua esposa se conheceram em uma faculdade no Espírito Santo em 2002 e começaram a namorar três anos depois. Em 2010, o casal se casou, mas a esposa afirma que sua união não se dissolveu devido a qualquer conflito; em vez disso, simplesmente desapareceu ao longo do tempo.

A esposa, que havia recebido os pais de Diogo em sua casa em Campos, informou ainda ao 134º DP que eles haviam viajado com a família da professora para Nova York no Natal de 2021, cidade em que residia um irmão de Diogo. Tragicamente, Letycia Peixoto Fonseca foi morta a tiros ao deixar a residência de sua tia na rua Simeão Scheremeth no dia 2. Infelizmente, embora estivesse grávida de oito meses, ela não pôde ser salva e foi levada às pressas para o hospital. Seu filho, Hugo, nasceu vivo, mas faleceu na manhã seguinte.
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