05/02/2024 às 14h05min - Atualizada em 05/02/2024 às 14h05min

MOÇÃO DE APOIO E SOLIDARIEDADE DO CONSELHO DO POVO TERENA AO POVO GUATÓ E AO PROF. DR. JORGE EREMITES DE OLIVEIRA

MOÇÃO DE APOIO E SOLIDARIEDADE DO CONSELHO DO POVO TERENA AO POVO GUATÓ E AO PROF. DR. JORGE EREMITES DE OLIVEIRA

Diante dos fatos divulgados na nota pública do Conselho de Lideranças do Povo Guató no Guadakan/Pantanal, assinada no dia 02 de fevereiro de 2024, publicada pela imprensa e nas redes sociais, como verificado no site de notícias Buriti News (https://buritinews.com.br/noticia/17655/nota-publica-sobre-a-legitimidade-para-falar-em-nome-do-povo-guato-ou-de-alguma-de-nossas-comunidades-no-pantanal), o Conselho do Povo Terena vem a público manifestar apoio e solidariedade a todo o povo Guató e ao antropólogo, arqueólogo e historiador Prof. Dr. Jorge Eremites de Oliveira.

O Conselho do Povo Terena concorda com a posição do Conselho de Lideranças do Povo Guató no sentido de que somente as legítimas lideranças de um povo originário podem falar em seu nome ou em nome de alguma de suas comunidades ou aldeias, “especialmente perante o Ministério Público Federal (MPF) e a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), dentre outros órgãos do Estado Brasileiro”, segundo está escritonanota.

Portanto, quaisquer pessoas de fora das comunidadesnão podem se passar como caciques ou legítimas lideranças para representá-las junto órgãos públicos e privados. Essas pessoas não podem sequer adentrar às terras indígenas sem autorização formal das autoridades, muito menos faltar com o respeito para com os caciques e as lideranças femininas locais, como fizeram com o Cacique Carlos Henrique Alves de Arruda, da Aldeia Aterradinho, na Terra Indígena Baía dos Guató.

Na oportunidade, o Conselho do Povo Terena também manifesta apoio e solidariedade ao Prof. Dr. Jorge Eremites de Oliveira, conhecido e respeitado pesquisador, autor do laudo antropológico intitulado “Legitimidade e representatividade para falar pela comunidade da Terra Indígena Baía dos Guató, Pantanal de Mato Grosso”, publicado recentemente na revista Espaço Ameríndio, cuja conclusão é aprovada pela Conselho de Lideranças do Povo Guató.
Por conta de seu trabalho, oprofessor tem sido vítima de pressão política e ameaças de processo judicial, como se fosse algum criminoso ou tivesse algo a temer ou esconder da Justiça.

Por último, o Conselho do Povo Terena repudia a todas as pessoas e instituições que defendem interesses contrários aos do povo Guató e de todos os povos originários, as quais costumam pressionar e ameaçar lideranças e pesquisadores que fazem de seu trabalho uma forma de promover a defesa dos direitos dos indígenas no Brasil.

Mato Grosso do Sul, 05 de janeiro de 2024.
 
Conselho do Povo Terena
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