26/05/2023 às 20h00min - Atualizada em 26/05/2023 às 20h00min

Campo Grande sedia 2ª etapa nacional do Moto 1000 GP

Corridas ocorrem neste fim de semana, no Autódromo Internacional da Capital

JUDSON MARINHO
Corrida volta a Mato Grosso do Sul após oito anos longe das pistas do Estado; competição terá participação de 18 pilotos estrangeiros

Com motos que podem chegar a 300 km/h, o Autódromo Internacional de Campo Grande será palco da segunda etapa do Moto 1000 GP neste fim de semana.

A capital do Estado, que recebeu o evento nos anos de 2013 e 2015, retorna ao calendário da competição depois de oito anos.

As provas de cinco categorias da motovelocidade (GP 1000, GP 600, GP 300, Yamlube R3 América Latina e Endurance), os treinos livres e classificatórios e as corridas acontecem amanhã, das 7h40min até as 17h. Ao todo, 12 corridas estão previstas na programação.

No domingo acontece a segunda corrida de cada categoria, o início das provas será às 7h30min, com término das competições a partir das 15h.

O público presente, além de acompanhar as competições, poderá participar do motopasseio, previsto para as 12h35min, no domingo. 

O Moto 1000 GP é válido pelo Brasileiro de Motovelocidade, que teve a primeira etapa no dia 16 de abril, no Autódromo Internacional Ayrton Senna, em Goiânia (GO). O evento é homologado pela Confederação Brasileira de Motociclismo (CBM) e pela Federação Internacional de Motociclismo (FIM).

Segundo os organizadores do evento, 100 pilotos estão inscritos na etapa de Campo Grande, 18 deles estrangeiros, representando 9 países: Paraguai, Argentina, Chile, Equador, Colômbia, Itália, Costa Rica, Peru e México. 

De acordo com o organizador das categorias estrangeiras, Alan Douglas, o objetivo de ter no campeonato nacional pilotos de outros países é a formação de novos talentos na motovelocidade.

“Os pilotos de fora continuam vindo, e o objetivo disso é a formação de pilotos, já que o Brasil tem a maior categoria de velocidade da América Latina. Esse foco desde cedo em um campeonato com alto nível serve para eles como um importante estágio para chegar bem nas competições na Europa”, disse Douglas. 

Além dos pilotos estrangeiros, na etapa campo-grandense dois pilotos de Mato Grosso do Sul estarão competindo no Autódromo Internacional, são eles: Elvis Carneirinho, no GP 1000, e Rodrigo Terturlina, no GP 300.

Ao longo dos três dias de eventos, serão mais de 20 horas de programação na pista sul-mato-grossense.

A temporada 2023 ainda contará com etapas em Lima Duarte (MG), Cascavel (PR), Curvelo (MG) e Goiânia (GO).
Na primeira etapa da competição, em Goiânia, os irmãos Kawakami dominaram, fazendo uma dobradinha no pódio do Moto 1000 GP. Meikon foi o campeão, e Ton Kawakami terminou na segunda colocação.

PERCURSO

Segundo a organização do evento, o Autódromo de Campo Grande é uma das pistas mais seguras e seletivas do País, principalmente quando se trata de disputas de motovelocidade. 

As grandes áreas de escape, em casos de saídas por quedas ou acidentes, aumentam a sensação de segurança dos competidores. 

O desafio das equipes e dos pilotos nesta etapa será encontrar estratégias que se adaptem às características alternadas de trechos muito lentos com outros de alta velocidade da pista. 

O traçado de 3.504 metros tem duas áreas lentas ligadas por retas longas de alta velocidade. A parte mais travada é o trecho que antecede a curva da vitória, de acesso aos boxes.

O segundo trecho é de velocidade média no setor 1, após o contorno da curva do fim da reta dos boxes, em descida e com freada forte. 

A curva de reta oposta é a mais longa do Brasil, com 960 metros, ponto em que as motos mais rápidas devem atingir velocidade de 300 km/h antes de começar a reduzir para contornar as curvas 9 e 10, ambas de alta velocidade. 

Com histórico de vitórias em Campo Grande, o ex-piloto e CEO do Moto 1000 GP, Gilson Scudeler, avalia a pista.

“Os pilotos mudam a pilotagem, ampliam os limites com aumento da segurança, as disputas crescem, há o fascínio e a emoção da marca dos 300 km/h”, resumiu.

A prova em MS tem histórico de disputas importantes no Moto 1000 GP. Uma dessas foi em 2015, em que o francês Matthieu Lussiana superou o argentino Diego Pierluigi, por 0s037, na linha de chegada.


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